Bandeira Cigana |
Cigano quer dizer "intocável". Vem do grego athinganoi, que se transformou em atsigan e tsigane, e reflete a relativa incomunicabilidade que existe entre esse povo e os demais. Na Espanha, seu nome é gitano, resquício da crença em sua origem egípcia (gitano vem de egiptano), o que também acontece com a denominação húngara de Faraonemtség, que quer dizer raça do faraó. A crença foi disseminada pelos próprios ciganos, que, ao chegarem à Europa, se apresentavam como nobres egípcios. Mas, na verdade, os ciganos têm ascendência hindu.
O ramo "Domba" indiano, que se transformou nos ciganos = "Roma", deslocou-se do centro da Índia, no Séc.I a.C. e durante quatro séculos se dividiu e espalhou em lugares como Grécia, Armênia, Síria, Palestina, Egito, Hungria, Áustria, Alemanha, França, Suíça e daí pelo restante da Europa e do mundo.
Apesar de se declararem nobres, eram escravizados e perseguidos aonde chegavam.
Durante as perseguições no Séc.XV, contra judeus e mulçumanos, começa também a caça aos ciganos. Na Alemanha e Holanda, eram exterminados a tiros por caçadores pagos por cabeça. Na Europa, o propósito de extermínio dos ciganos sempre foi muito claro. Os anos entre 1555 e 1780, são particularmente marcados por atos de violência contra os ciganos, em vários países.
A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura, não permitia que fossem reconhecidos e respeitados como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo tenham sido qualificados como egípcios. Eram considerados vagabundos e delinquentes. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe, no florescimento de lendas associando os ciganos à coisas ruins, a ponto de recorrer-se à Bíblia, para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos. Difundiu-se também a lenda, de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Jesus (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação). Durante a Segunda Guerra Mundial, teriam sido exterminados entre 200 e 500 mil ciganos europeus, nos campos de concentração nazistas.
O modo de vida nômade dos ciganos e suas condições de subsistência são sempre determinados pelo país em que se encontram: os mais ricos são os ciganos suecos e os mais pobres, encontram-se nos Bálcãs e no sul da Espanha.
Tradicionalmente, deslocavam-se em grupos de tamanhos diversos, compostos por um conjunto de núcleos familiares mais ou menos extensos, sob a liderança de um chefe vitalício escolhido. Cada grupo tem um chefe natural, não hereditário.
Na família, o membro central é a mãe, que exerce autoridade sobre os filhos e é dona do patrimônio.
O mesmo sistema se aplica a tribo, que tem uma mãe tribal, responsável pelo código moral.
Os infratores são julgados por um júri e, nos casos mais graves , a pena é o banimento da tribo.
Quanto à posição das mulheres, dizem que, "segundo os costumes ciganos, as mulheres devem subserviência aos homens", e as mulheres casadas sempre usam um lenço para cobrir a cabeça.
A maioria dos ciganos, até poucas décadas atrás, ainda formavam caravanas puxadas por cavalos; abrigavam-se em tendas, pedreiras e minas. Em fogueira, ao ar livre, cozinhavam seus frangos, ovos e vegetais. Seus alimentos, afirmam os comentaristas mais críticos, eram "quase sempre roubados", já que eles não plantam, nem criam animais para o abate. "Sua profissão é a mentira", dizia Cervantes. Mas há uma lei cigana que proíbe roubar... "alguém mais pobre, que você."
Viviam principalmente da criação e comércio de cavalos, do artesanato em metal (dái a suposta fabricação dos pregos da crucificação), vime e madeira, e das artes divinatórias, como cartomancia e quiromancia.
A música dos ciganos, tendo o violino como seu instrumento por excelência, executada em público apenas pelos homens, permanece muito popular e é uma atividade rentável na Europa Central.
Não abandonam a quiromancia, embora professem a religião dominante no país em que se instalam.
Através dos ciganos, o baralho (tarot) foi difundido pela Europa.
A palavra quiromancia origina-se do grego "Kheiromanteia" e significa "Kheiro" Quiro = mão e "Manteia" Mancia = adivinhação. Isto é, adivinhação dos segredos através da interpretação das linhas das mãos, que podem revelar o destino das pessoas. Os antigos sábios acreditavam que nosso passado, presente e futuro, já estavam registrados no formato e linhas de nossas mãos, determinando nosso comportamento e personalidade, sendo os 3, apenas diferentes estados de consciência.
É uma arte adivinhatória muito antiga. Acredita-se que desde o princípio da humanidade, já se usava a leitura de mãos para prever o futuro. No entanto, foi na Antiguidade onde se encontraram as mais fortes evidências de sua existência, principalmente na China, onde ainda é usada na medicina nos dias de hoje, e no Egito, que guardou consultas de seus faraós sobre o destino de seu povo e desempenho nas guerras. As lendas contam que o filósofo grego Aristóteles, que dizia que "a mão é o principal órgão do corpo", ensinou quiromancia a seu mais famoso discípulo, Alexandre, O Grande. E que também Júlio César, acreditava ter tanta habilidade para decifrar palmas da mão, que julgava seus homens pela leitura delas.
Encontram-se registros nos manuscritos Assírios, Egípcios, Chineses e Indianos, de mais de 4 mil anos. Teria se estabelecido na Índia, oriunda de uma ciência milenar, de caráter racional e lógico, chamada "Palmistry" e praticada pelos yogues.
Conta uma antiga lenda, que existe no Himalaia uma caverna, onde vive um yogue de mais de 400 anos de idade, que se encontra em estado de meditação e é portador de um antigo livro, feito com peles de palmas de mãos humanas mumificadas, onde pode-se observar perfeitamente suas linhas.
Atualmente, atribui-se aos ciganos a arte da leitura das mãos, que a espalharam e popularizaram pelo resto do mundo. É tão forte sua participação, que quando se pensa em leitura de mãos, nos vem logo a imagem de uma cigana. A adivinhação é uma atividade exclusiva das mulheres dentro do grupo, que aprendem desde pequenas com suas mães. A tradição manda, que as ciganas saiam com outras mulheres de sua família, em busca de pessoas que queiram saber o futuro. Esse costuma ser seu trabalho mais rentável, pois da previsão do destino nas mãos, nascem os feitiços, magias e trabalhos para melhorar a vida.
A quiromancia busca explicar a influência da mente, manisfestada na palma de nossas mãos, mas sem nunca dizer "faça isso ou aquilo", para não interferir no livre-arbítrio de cada um.
Existem algumas regras estabelecidas pela própria natureza, que devem ser respeitadas:
1 - não utilizar esse conhecimento para fins desonestos;
2 - não utilizar a leitura em benefício próprio;
3 - toda consulta deve ser cobrada, tal como acontece com qualquer consultor ou psicanalista pois, por envolver assuntos relacionados ao "karma" da pessoa, deve haver algum esforço e comprometimento de sua parte, afim de que sejam valorizados o conhecimento e dedicação de quem lhe atende.
Quem quebra essas regras, além de atrair para si o "karma" da pessoa, perderá seu conhecimento e poder.
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DIZ AÍ, QUE A GENTE QUER TE OUVIR!?!